sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

TECLADO

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A importância do Jogo na Aprendizagem Musical

Introdução
Em virtude do peso que a tradição tem no Ensino da Música, a aprendizagem musical é usualmente vista pela maioria das pessoas, incluindo professores, como estando associada a uma imagem rígida e formal.
Visto que a aquisição de competências musicais depende de elevados níveis de concentração, de esforço continuado, e de resiliência pessoal para superar dificuldades, é absolutamente normal que esta associação entre aprendizagem musical e prazer (que pode derivar das próprias atividades de aprendizagem ou resultar do efeito obtido ao cantar uma canção ou ao vencer um desafio) seja tênue, ou até mesmo inexistente, como podem comprovar as crianças que todos os anos desistem de estudar música.
Como se pode inverter este estado de coisas no Ensino da Música? Uma das formas mais eficazes é por ajudar professores e alunos a mudar a sua perspectiva em relação à aprendizagem musical propriamente dita.
O Jogo                                                                                                  
A palavra Jogo está usualmente associada a entusiasmo e divertimento. O filósofo/historiador holandês Johan Huizinga (1938) apresentou uma definição de Jogo muito interessante:
“Jogo é uma atividade voluntária exercida dentro de determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria, e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana”.
Na definição de Huizinga, há a salientar 5 aspectos importantes:
O fato de implicar uma participação ativa (a atividade não existe com agentes com uma participação passiva)
O caráter voluntário da participação na atividade (nunca ninguém joga forçado)
A existência de regras e de um objetivo, uma meta a atingir que é conhecido de todos
O misto de tensão e de alegria envolvidos na atividade
O fato de ser uma atividade ‘especial’, visto que aparenta fazer parte de uma outra dimensão (diferente da realidade) onde o erro e a falha não têm qualquer importância real.
São estas as razões que levam as crianças a gastar horas em jogos de consolas e de computador.
Como professores de música e educadores, como podemos fazer com que as nossas aulas tenham um impacto similar nas crianças? Como podemos fazer com que se sintam vontade de repetir as atividade vezes sem conta?
Perspectiva Tradicional
Na Iniciação Musical o conceito de Jogo (na aprendizagem) está muitas vezes associado ao prazer que se espera que as crianças derivem de determinadas atividades. As sugestões mais comuns dadas por pedagogos e incluídas em manuais de referência incluem atividade tais como jogos com cores, com bonecos, com desenhos.
Contudo, este tipo de atividade apesar de poderem cativar a atenção das crianças, não são atividades musicais, nem desenvolvem competências musicais.
Se quisermos fazer Jogos com valor real para aprendizagem musical, teremos em pegar em atividade lúdicas e transformá-las em jogos ‘musicais’.
No entanto, abordar a Educação Musical na perspectiva do Jogo envolve muito mais do que escolher atividade musicais que proporcionem às crianças prazer na aprendizagem.
Perspectiva Adicional
A aquisição de competências musicais implica que as mesmas atividades sejam repetidas muitas vezes. Isto é particularmente importante ao trabalhar com crianças e com grupos. As crianças em geral precisam que se lhes sejam dadas muitas oportunidades para experimentar e aprender. Além disso, quando trabalhamos com grupos temos de levar em conta que há crianças com diferentes ritmos de aprendizagem.
Portanto, tão ou mais importante que escolher atividade que tenham um formato similar aos jogos do imaginário das crianças, será adaptar uma perspectiva de formação que desvalorize o erro, que estimule a descoberta e que consiga conter o grau adequado de desafio.
Desvalorizar o erro – Por defeito da profissão (visto que a avaliação de desempenho e a medição do progresso e do desenvolvimento dos alunos fazem parte do dia-a-dia dos professores e educadores), há uma tendência generalizada para contabilizar o erro no processo de formação.
No entanto, adotar na aprendizagem musical uma perspectiva similar à que existe num jogo, implica encarar os erros dos alunos como parte importante do processo de aprendizagem, retirar-lhe toda a carga negativa. Visto que a aprendizagem é em parte um processo de busca individual, é somente vital que as crianças não tenham medo de falha/errar ao longo desse processo.
Estimular a descoberta – Em virtude de haver hoje tanta informação sobre o desenvolvimento cognitivo e musical das crianças sob a forma de sequências de aprendizagem (Gordon) e Taxonomias (Hargreaves), muitas vezes os professores e educadores tendem a reduzir a qualidade de estimulação das suas atividades. Uma das consequências usuais consiste na escolha de repertório com menor qualidade, e com menor interesse musical.
No entanto, adotar na aprendizagem musical uma perspectiva similar à que existe num jogo, implica escolher repertório (canções, acompanhamentos lenga-lengas, obras para ouvir) com uma qualidade musical elevada e que cujo nível de complexidade estimule o interesse e a descoberta dos fenômenos musicais. É necessário sublinhar que o tipo de descoberta de a estimular (nas aulas de música) deve ser essencialmente musical e não de fenômenos não-musicais.
Adequar o grau de desafio – Encontrar o equilíbrio entre o grau de simplicidade e de complexidade adequados para as crianças, nem sempre é fácil. Requer perícia e, sobretudo, muita atenção por parte de professores e educadores para entender quando o tipo de atividade proposta é simples demais ou complexa demais.
Os jogos interessantes, e nos quais as crianças gastam mais tempo, são aquelas onde as crianças sentem que conseguem vencer as dificuldades que vão surgindo. Se os professores e educadores conseguirem que as suas atividades tenham o grau adequado de desafio para as crianças, isso vai levá-las a manter níveis de motivação elevados e a prolongar também níveis elevados de atenção.
Quando se conseguem desenvolver Atividades ou Jogos com estas características, a velocidade de aprendizagem musical, e de interesse pela música e pelos fenômenos musical aumenta grandemente.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Descubra a Orquestra"



"Projeto de Música"
Título: A Flauta Mágica
Justificativa: A meta que devemos buscar como exposto em trabalhos, é uma educação musical comprometida com a democratização do acesso ao saber, à cultura e à arte. Para tal é necessário uma pratica pedagógica que, promovendo uma compreensão progressiva da linguagem musical a partir de sua concreticidade sonora, supere os limites do modelo “conservatorial”. Dentro de um projeto de democratização do acesso à cultura, consideramos produtivo enfocar o ensino de música enquanto um contínuo processo de musicalização, isto é, um processo voltado para o desenvolvimento dos esquemas de percepção, expressão e pensamento necessário à apreensão da linguagem musical como uma linguagem significativa.
A música faz parte do cotidiano do individuo.
Ela dá identidade ao grupo de amigos, é companheira nos momentos de solidão e ajuda a moldar atitudes e comportamentos.
Mas... Que tipo de musica é essa? Quem a compôs? Essas e outras dúvidas sempre ficam na curiosidade, quando as ouvimos na radio ou televisão. E nós somos os receptores desses produtos sonoros. A escola desempenha o papel de desenvolver a cultura musical do aluno, estabelecendo relações com grupos musicais (folclóricos ou não), participando de eventos de cultura popular, shows, concertos e festivais. Nessa idade devemos ter contato com uma grande variedade musical para ampliar nosso repertorio.

Principal Objetivo:
Desenvolver a percepção auditiva e memória musical;
 Pesquisar, explorar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e procedências;
 Conhecer, apreciar e adotar atitudes de respeito diante da variedade de manifestações musicais do país;
 Estabelecer relações entre a música feita na escola, as veiculadas pela mídia e as que são produzidas localmente;
 Conhecer usos e funções da música em épocas e sociedade distintas;
 Apoio com a Bandinha Rítmica;
 Exemplo para outras composições;
 Releitura Musical;
 Repertório de Flauta – Doce (dependendo da dificuldade da melodia);
 Estudo dos compositores.

Metodologia: De acordo com as necessidades pré – estabelecidas, teremos o auxílio de:
 Recursos Visuais;
 Recursos Audiovisuais;
Livros Didáticos;
Pesquisas de Campo;
Materiais Didáticos;
Troca de informações;
Visita a Sala São Paulo: Concerto Didático.

Episodio: A Flauta Mágica - O maestro e a Feiticeira



Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart



Orquestra Convidada: TUCCA – Sinfonieta Fortíssima



Regente: João Mauricio Galindo



Atriz: Andréa Bassitt




Você acha possível um passarinho matar um dragão? Já ouviu falar em mentira? Sabe o que é prudência? Ah, quantas perguntas!!! É assim que chegamos ao conhecimento: buscando respostas. E saiba que prudência significa ter cuidado. Vamos falar sobre tudo isso nessa historia do “Aprendiz de Maestro”, em que faremos uma viagem por A flauta Mágica - ópera de Mozart, composta em 1791. Vamos rir das aventuras do príncipe Tamino e de seu companheiro Papagueno, um ser estranho, meio homem, meio passaro, que vive em busca de uma namorada.
Eles terão que salvar Pamina, filha da Rainha da Noite, que está no castelo de Zarastro.
Para ajudá-los, a Rainha lhes oferece uma flauta mágica que vai protegê-los dos perigos. E no caminho encontrarão surpresas que vão mudar o rumo da história.
No meio de tantas aventuras, o jovem príncipe vai fazer o impossível para conseguir o coração da princesa – até atravessar o fogo, se for preciso. Atravessar o fogo? Isso só em sonho ou em magia, e magia lembra... Mademoiselle Operilda, a feiticeira do bem!
É ela quem vai nos contar essa divertida história de amor. Mas não pensem que ela está sozinha, não. O maestro João, os cantores e a Sinfonieta Fortíssima estão com ela; até allegro vai aparecer.

Texto retirado do folheto que as crianças receberam: Programa Descubra a Orquestra - 2008