segunda-feira, 5 de julho de 2010

Até os bebês cantam!!!

Nova pesquisa mostra como o canto interfere no desenvolvimento intelectual de seu filho a partir do balbuciar dos primeiros sons.
Por Bruna Menegueço















Sabe aquele dá, dá, dá, que seu filho balbucia nos primeiros meses de vida? Ele pode ser um indicativo do desenvolvimento da inteligência. Pelo menos, esse é o resultado de um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo a pesquisadora Maria Betânia Parizzi, quando canta espontaneamente, a criança também está se desenvolvendo, como acontece quando começa a desenhar, falar e andar.
Para chegar a essa conclusão, a Universidade reuniu dez jurados, entre brasileiros e estrangeiros, compositores e educadores musicais, para analisarem 40 cantos de crianças com idade entre 2 e 6 anos. A análise levou em conta padrões musicais, como ritmo e estrutura melódica. O estudo comprovou que o desenvolvimento musical infantil pode ser observado pela existência de padrões musicais na fala das crianças. É a existência ou não desses padrões que mostra, dentre outras coisas, como crianças pequenas percebem o tempo , ou seja, o intervalo entre as palavras, a diferença entre o som e o silêncio, etc. “O canto infantil também pode indicar algum problema ou dificuldade no desenvolvimento intelectual”, resume a professora. Mas, claro, quem pode avaliar isso são somente os especialistas. Os pesquisadores apostam que, daqui a algum tempo, o canto pode ser uma ferramenta para diagnosticar algo importante no crescimento da criança.

Mas o que esse dá, dá, dá tem a ver com canto? A música para as crianças é muito diferente do que aquela a que estamos acostumados. Por isso, é provável que nessas sílabas aleatórias já exista sequência e melodia. Com o passar do tempo, o canto vai mudar. Assim como as outras habilidades, ele varia de acordo com a idade e evolui de forma previsível, como acontece com a fala.

Quer uma ideia de como seria uma criança emitindo sons musicais? Acesse o site da Universidade Federal de Minas Gerais e veja alguns exemplos de crianças que participaram da pesquisa.

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