18% das mães permitem que filhos andem no banco da frente
Só 32% das mães que levam filhos no carro possuem equipamentos de retenção. A partir de amanhã, é lei utilizar dispositivos.
Segundo dados da ONG Criança Segura, acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. A conta inclui atropelamentos, acidentes em que a criança é ciclista e acidentes em que a criança é passageira - segundo a ONG, justamente o tipo cujo risco fatal a Resolução 277, conhecida como a Lei da Cadeirinha, busca restringir.
A Lei da Cadeirinha entra em vigor amanhã e exige que crianças de até 7 anos e meio sejam transportadas no carro com dispositivos de retenção adequados à sua faixa etária. As crianças de até um ano devem ser transportadas em um bebê conforto. Crianças de um a 4 anos devem usar a cadeirinha e as de 4 a 7 anos e meio têm de ser transportadas em um assento de elevação. Os carros de fabricação anterior a 1998, com cintos de segurança de dois pontos, foram dispensados da fiscalização.
A multa para quem infringir a lei será de R$ 191,54, além da conta de sete pontos na carteira de habilitação e a retenção do veículo até regularização. A falta é considerada gravíssima.
É importante verificar a certificação do Inmetro no produto e fazer a instalação correta.
Por enquanto, a lei não contempla táxis, peruas escolares e ônibus.
Pesquisa
O uso dos equipamentos de retenção diminuiu os riscos de óbito em caso de acidente em até 71%, segundo pesquisas realizadas em alguns estados norte-americanos.
Segundo uma pesquisa realizada em cinco capitais brasileiras pela Ipsos e encomendada pela ONG Criança Segura, 40% das mães transportam seus filhos em automóveis - mas apenas 32% delas possuem o dispositivo de retenção. Das que possuem o equipamento, 92% afirmam que o têm por motivos de segurança, 17% apontaram como causa o uso obrigatório e 9% o possuem para dar mais conforto às crianças.
Dentre as mães que não possuem os dispositivos, 82% faz o transporte da criança no banco de trás do carro. Mas 18% admitiram permitir que o filho ande no banco da frente.
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