Aninha e o príncipe
Era uma vez, uma moça muito bonita que se chamava aninha.
Era tão bonita que a fama de sua beleza se espalhava por toda a parte.
Todos os rapazes que a viam, se apaixonavam por ela, inclusive um príncipe filho de um rei poderoso que tinha muitas terras, muitos vassalos, muitas riquezas.
Aninha porem era pobre, filha de camponeses, e estes por serem pobres, não queriam dar a mão de sua filha a um príncipe. Então este príncipe resolveu raptar a moça para se casar.
Um dia fingindo-se ser cego e mendigo, foi pedir esmola na casa dos pais de aninha, assim cantando:
Príncipe: eu vos salvo e peço uma esmola aninha, pelo amor de Deus, me ensine o caminho.
Pai de aninha: se ele chora e pede de-lhe pão e vinho, diga a aninha que lhe ensine o caminho
Príncipe: eu não quero pão, eu não quero vinho, eu só quero aninha, que me ensine o caminho.
Então aninha vai guiando o cego, pela estrada a fora. A certa altura do caminho, já estando a anoitecer a moça canta e o cego responde:
Aninha: paz pra diante cego
Príncipe: paz pra diante aninha
Aninha: paz pra diante cego, siga o seu caminho
Aninha: paz pra diante cego
Príncipe: paz pra diante aninha, eu sou um pobre cego, não enxergo o caminho
O cego insiste em não passar adiante, e aninha continua a cantar:
Aninha: já larguei a roca, já larguei o linho, paz pra diante cego, siga o seu caminho
O cego continua atrás de aninha, chegados a uma curva do caminho, encontram os vassalos do rei com uma carruagem toda dourada esperando por eles.
Agarram Aninha e botam-na dentro da carruagem.
No mesmo momento o príncipe tira as vestes de mendigo e canta pra Aninha:
Príncipe: se me fiz de cego, foi porque queria, sou filho de rei tenho bisaria.
Quando a carruagem começa a andar, aninha chorando canta:
Aninha: adeus minhas casas, adeus minhas moças, digam a mamãe, que me vou à força.
O príncipe e seus vassalos levaram aninha ao castelo do rei, pai do príncipe o qual já estava preparado para o casamento.
Havia muitas flores, muitos doces, muitos convidados.
Eles se casaram e foram muito felizes.
E o que foi de vidro quebrou-se e o que foi de papel molhou-se.
E entrou por uma porta e saiu pela outra, o rei meu senhor que lhe conte outra...
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